MENSAGEM DA ORGANIZAÇÃO

O impacto do cancro e seus tratamentos no ajustamento emocional e qualidade de vida do doente e sua família/cuidadores é amplamente reconhecido, podendo ocorrer ao longo de todo o curso da doença, nas suas diferentes fases, desde o diagnóstico à sobrevivência, recorrência e fase paliativa e terminal. ​

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Aproximadamente 1/3 dos doentes com cancro apresentam sintomas clinicamente significativos de perturbação psicológica, nomeadamente perturbações de ansiedade, depressivas e de adaptação. Contudo, mais de metade manifestam um acentuado sofrimento emocional ou distress, capaz de afetar a capacidade para lidar eficazmente com a doença, seus sintomas físicos e efeitos secundários dos tratamentos. Também em cuidadores, os desafios e tarefas associados ao ato de cuidar podem conduzir ao experienciar de níveis consideráveis de distress emocional, podendo igualmente revelar-se clinicamente significativos para alguns destes cuidadores, pelo que as intervenções psicossociais dirigidas e adaptadas a doentes e familiares/cuidadores revelam-se fundamentais. 

Contando com um painel de oradores nacionais e internacionais, a Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza o III Congresso de Psico-Oncologia, com o qual se pretende uma reflexão sobre as intervenções psicoterapêuticas que têm vindo a ser desenvolvidas e aplicadas a doentes oncológicos e suas famílias, desde as abordagens mais tradicionais às intervenções mais recentes, designadamente a terapia psicológica adjuvante, terapia focada nas emoções e terapia existencial, terapias de terceira geração, intervenções integrativas, terapias centradas no significado e da dignidade. Os desafios e aspetos éticos inerentes às intervenções on-line irão igualmente ser tema de debate neste congresso.   ​ 

Trata-se de uma iniciativa que vem dar continuidade aos eventos científicos na área da Psico-Oncologia que a LPCC tem vindo a dinamizar desde a criação, em 2009, de Unidades de Psico-Oncologia em todo o país, complementando a disponibilização de consultas gratuitas ao doente oncológico e sua família perante o reconhecimento do impacto considerável do cancro, quer a nível emocional quer na qualidade de vida. 

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